É com muita tristeza que informamos que o amigo Antônio Regis faleceu hoje ( 16/02/11) às 10:00 hs de AVC. O corpo está sendo velado no centro cultural Márcio Mendonça até amanhã ( 17/02/11) às 17:00hs, horário este programado para o enterro.
Com muito pesar....( maiores informações com o amigo Francileudo: telefone: (88) 9210 9111 ou no e-mail: francileudo@gmail.com)
Amigos .....
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Estética da Travesti
Como escrevi uma vez, os travestis são centauros urbanos duas vidas num corpo só, não confundi-lo com a caricatura da “drag Queen”, o travesti tem orgulho de ser quem é, ele não é uma decaída, ele é a afirmação de identidade, ele não é da área rural, ele é da área artística, há algo de clone no travesti, pois eles nascem de si mesmos, quem está nu ali na esquina é o homem ou a mulher nele, o que oferece o travesti ao homem que o procura, a chance de ser a mulher de uma mulher, o travesti não é simples e doce, há um lado criminal no travesti ele tem coragem de ser duplo, tem coragem de viver o terror e glória no centro da madrugada, o homem que se casa com a prostituta se acha um bem feitor, que humilha a mulher que ele salvou, o travesti nunca será grato a você, você é que terá de agradecer, o travestir não dá uma boa esposa, você poderá virar esposa dele, querida já lavei sua minissaia de oncinha, o travesti tem algo de clone, corajoso como um Jon Wayne de biquíni e fio dental, você passa no carro e vê uma Marilyn de botas no meio dos faróis e lá se vai o pai de família perdido de loucura, o travesti é um fenômeno que nos fascina porque assume a verdade da sua mentira (Arnaldo Jabor).
Era 1970, ano que trazia consigo, as cores, as combinações diversas num jogo continuo de matizes se abarrocando diante dos neons coloridos, salpicando ínfimos trajes de tecidos plastificados e multicoloridos. Este cenário me era narrado pelos que chegavam dos grandes centros, fixo nesta imagem segui. Abracei o errante, no que me foi posto, o mundo. Nada sabia do grande fosso, na verdade eu só me atinha ao belo e nele me fixei religiosamente. As agruras eram passageiras, quero dizer, não as registrava conscientemente, já que o mundo da “lua” era duradouro e belo.
Antes de tudo, faz-se necessário registrar minhas primeiras intervenções, na escola era tido como o menino que tem jeito para as artes, figurando em pequenas peças, organizando outras apresentações. Lembrando que minha homossexualidade platônica estava ali escrita na minha testa, mesmo sendo um menino popular, vivia só, acredito, hoje, do alto de meus 50 (cinquenta) anos, que sofria preconceito, minha inocência não deixava ver as atrocidades acontecidas, pois estava sempre solícito e amigo de todos.
Fato consumado, “deixo de ser o artista para ser obra de arte” (NIETZSCHE, A Origem da Tragédia, pág. 40). Nasce a travesti em plena ditadura militar, sojigada pela “lei de vadiagem”, instrumento cruel que prometia massacrar cada um, numa roda de socos e pontapés, não sei se é oportuno, mas era um instrumento democrático, todos que ali chegassem eram torturados e humilhados, na especialidade daquele grupo de verdugos. Hoje tudo mudou menos o preconceito, que jugo ser inerente a ser humano. Pesquisando na Internet, encontrei num blog a discussão sobre uma proposta da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, apresentando um quite que beneficia às travestis “com itens que vão desde a definição de dosagens de hormônios até acompanhamento fonoaudiológico para adequação e treino da voz, o documento tem por objetivo, segundo Maria Clara Gianna garantir o atendimento humanizado e com as melhores práticas assistenciais possíveis para esse grupo social”.
Vivo vi isto (Depois das marcas incisas em meu corpo). Será que para aquele momento histórico a expulsão de casa seria a solução? Ou o problema estava mesmo no impacto do diferente naquela casa? Acredito que uma corroborou para outra, o tradicional desenho de família até então não figurava o rapaz diferente, mas sim o “solteirão” (Sujeito que nunca casou, convivendo com sua homossexualidade reprimida.) Ressaltem-se também os preconceitos que se alinhavam, raça e etnia, classe social, geracional, religioso, que se traduz no depoimento de Lilith “Veja o meu caso, por exemplo, eu sou uma travesti que carrego um leque de discriminação muito grande porque além de ser travesti, eu sou pobre, sou negra, sou do candomblé e ainda tenho o pau pequeno” (Wiliam Siqueira Peres. Travestis: corpo, cuidado de si e cidadania. Florianópolis/ UNESP, 2008, p. 3.) Nada mudou, Lilith tem razão, até mesmo as brancas, pobres e semi-analfabetas eram discriminadas, imaginem isso tudo no final da década de 190, com a repressão.
Hoje, tendo como pressupostos a elevada auto-estima da travesti, já que a problemática do preconceito não será fácil exterminar, organiza-se em associações, enfrentando as desigualdades e promovendo políticas públicas concretas de atenção, cuidados e emancipação social, econômica, política e cultural. Para reflexão: “Seriam as travestis um problema para sociedade e seus membros, ou seria a sociedade arcaica e conservadora que resiste às variações identitárias que se processam com seu tempo? Seriam as travestis propositoras de problemas à sociedade e seus membros por exporem tão explicitamente os desejos? Por romperem com os paradigmas identitárias normativos” (PERES:2008, p. 6.).
A partir da década de 1980, comecei a silenciosa e continua primeira transformação estética, o redesenho do corpo ou modelagem do corpo, inicialmente com aplicações de hormônios femininos, surge assim a travestilidade (Termo que se refere à ação de tornar-se ou ser uma travesti). em sua plenitude. É na década de oitenta que surge às primeiras aplicações de silicone industrial, prometendo corpos bem delineados, conforme exigia a época. Aderi à estética do silicone e convivo com ele até hoje.
De Fortaleza a Zona de Campinas, São Paulo. Neste momento entra a estética das vestimentas e acessórios, pois o ambiente recomendava mulheres bem tratadas para ficarem nas portas chamando os homens para beber e ocasionalmente fazer “programa”. O texto era reproduzido várias vezes: “Bem vamos fazer um programa”, é tanto para isso e para aquilo. O que mais preocupava a travesti era se passar por mulher, neste período a grande maioria dos homens não tiveram uma interação direta com travestis, daí ter que se utilizar da “toalhinha”, mas este truque só funciona com homens passivos e muito embriagados.
Dormia o dia todo, cansada das noites inebriantes à luz vermelha. Logo a cafetina começava seu berreiro – vamos meninas está na hora. A este sinal começava a “armação do circo”, quero dizer, o contínuo processo de transformação, escolha do vestido, do salto que combinaria com ele e os acessórios sempre de cores contrastantes sustentados em arremates dourados ou prateados, ao termino de tudo isso chagava a hora de retirar a toca francesa, que emoldurava o rosto já bastante maquiado. Do quarto para o salão principal à porta de entrada, a repetir o mesmo texto ..., a rotina da prostituição.
Recordo-me de uma destas composições: o vestido de lycra estampado com frutas tropicais fazia par a um sapato escarpam verde laminado de salto 15, elevando minha estatura para quase 80 metros. Os acessórios dourados com contas e pedras matizadas de verdes, na cabeça uma flor “Boca de Leão”, que era trocada a cada instante, depois que perdia o viço natural. O hábito da leitura que trouxe do pouco estudo que tivera até então, me fazia uma pessoa com um olhar diferente, isto era percebido pelos meus iguais, travestis. O pensamento estético/cultural sempre me acompanhou, pois mesmo sendo um travesti de rua (prostituta), visitei a Pinacoteca de São Paulo, onde vi peças de Rodin e outros artistas, o melhor de tudo isso é que hoje pronuncio (Rodã).
Vi também as travestis brasileiras, que se concentravam em São Paulo e no Rio de Janeiro, que disputavam como eu, o atendimento aos clientes com um jogo de olhar conturbado, pois alem de dar atenção a fala do comprador o olhar se perdia no final da rua, de repente se escutava “desaquenda mona, olhe os alibam” (Corram, olhe a polícia veado) corram, corram, dizia a travesti que passava aos berros incitando as outras a seguirem-na. Sabíamos do sofrimento e da humilhação quando éramos pegas, começando pela aglomeração no “camburão” (Carro com bojo traseiro para colocar presos) que já lotado recebia mais e mais chegando ao seu limite, tudo isso acompanhado de alaridos, lamentos, xingamento entremeados de desmaios, devido ao excesso de “bolinhas” associadas ao álcool.
Entretanto, tínhamos o conhecimento destes horrores quando do retorno de algumas travestis a sua terra, que terra? A rejeição e o abandono já se apresentavam ao primeiro gesto que não condissessem com a postura machista, tão em voga na década de 1970. Isto e outros agravantes subjetivos, como a fome e ter que ir a escola. Limoeiro do Norte (As escolas diocesanas são quase centenárias) como sede de Bispado detinha o poder educacional da região com escolas que ofereciam internato para moças e rapazes de outras cidades circunvizinhas. Trocando em miúdos, as escolas não eram mistas, portanto favorecia um excelente ambiente hostil para os homossexuais e, mais ainda para os efeminados, como eu.
Recordo-me, que estando no quarto ano primário, no Liceu de Artes e Ofícios, na aula de português a professora mandou que fosse o livro aberto na página tal. Ao fazê-lo percebi que o texto intitulava-se “Vitória Regia”, lemos em voz alta, percebi que entremeando a leitura percebi alguns risos e olhares direcionados para minha carteira, que dividia com outro colega. Terminamos a leitura, fizemos os exercícios e logo bateu a sineta para o intervalo. Sempre me reunia com as meninas no intervalo para fazermos algumas brincadeiras ditas para meninas, mesmo entretido, notei que de vez em quando os meninos passavam com ar de riso. Mas o melhor estava para acontecer, foi na saída, já estava tudo planejado, quando um grupinho de meninos, agitados, sussurravam – “Vitória Régia”, em principio fiz de conta que não havia entendido e que não era comigo que estavam falando.
Não se contentando, com minha indiferença, gritaram alto, Vitória Régia! Ficaram atônitos quanto a minha reação, olhei-os e ao mesmo tempo juntei-me ao grupo de colegas de trajeto. Percebi que ficaram embasbacados, mal sabiam eles que estava lisonjeado com o apelido, por isso não retruquei ao que eles tinham como insulto. Fiquei frustrado, porque não me chamaram mais de “Vitória Régia”. Segundo conta Majorie Marchi, presidente licenciada da Associação de Transgêneros do Rio de Janeiro (Astra-Rio) comenta a relação Travesti/Escola, quando diz: “A escola é o lugar das primeiras rejeições vividas na infância, mesmo as que não usam trajes, quando emana um sinal de sexualidade fora dos padrões, acabam saindo, não há o reconhecimento da identidade”, relata ela, que é travesti desde os 13 anos e viveu da prostituição dos 14 aos 28. Atualmente, participa da Câmara Técnica de Elaboração do programa estadual Rio sem Homofobia (Travestis: rejeição, preconceito, discriminação… Uma vida nada fácil! Publicado em 22/08/2008, Por Bruno Rosa e Glauco Faria).
Retornando a terra, colhi registros de intensa atividade cultural, na escola dançava e atuava em pequenas peças. Nos eventos públicos estava sempre presente. Como exemplo significativo, participei do carnaval de rua, sendo integrante da “Escola de Samba Jaguar”, com a responsabilidade de um digno porta estandarte, ao carregar com firmeza o nome da escola:
De volta ao mundo dos corajosos, dos que detestam o óbvio, dos que enfrentam a hipocrisia do mundo dos iguais. Aparece em cena “Michela Rock”, loira, bonita um exemplo do belo, atriz de fotonovelas da conhecida revista “Capricho”. Incorporei-a e segui minha estrada, alourada com o apelido da “Bela”. Esta é uma história verídica, que será a partir de agora contada em seus detalhes. Começo analisando a imagem abaixo:
Observo agora neste olhar certa angústia, onde a alma através das suas janelas “o olhar é o espelho da alma.” Essas reflexões são possíveis porque mundo, homem e arte são feitos da mesma coisa: os quatro elementos (terra, água, fogo e ar) e dos quatro humores (sangue, fleugma, bílis amarela e bílis negra). Segundo Leonardo Da Vinci, A alma especula com os olhos. Marilena Chauí - Janela da Alma, Espelho do Mundo in NOVAES, Adauto (org) “O olhar” São Paulo: Cia das Letras, 1998-3” externa suas inquietações, espiando no olho do outro, fotógrafo, quase um pedido de socorro. Sim, estava por certo bonita bem maquiada e vestida para “batalhar”, neste período, já não conseguia mais esconder a dualidade dos meus sentimentos, ser travesti era maravilhoso, mas ter que se prostituir era cruel. O sofrimento aumentou quando descobri que tinha um irmão no mesmo caminho, tornando-se travesti a bem pouco tempo. Revirei São Paulo a sua procuro, encontrei-o numa esquina se prostituindo ao me aproximar, reconheceu-me, meio arredio deu-me atenção. Conversamos pouco, quis saber onde morava, disse-me que morava na “Baixada do Glicério”, logo se afastou e saiu com um cliente.
No dia seguinte, levantei-me sedo, peguei o metro rumo a Estação Sé, desci as escadarias que davam acesso a Baixada, fui direto para a pensão, que já havia passado por lá assim que cheguei a São Paulo. A cafetina me atendeu, com a cara feia, e exclamou “isto não era hora de veado bater em minha porta, venha outra hora”, retornei no final da tarde na esperança de encontrá-lo na saída. Não esperei em vão, encontrei-o e logo lhe disse para que vinha, pedi que viesse morar comigo, aceitando meu convite, retornou a pensão, pegou seus pertences e fomos para a rua General Osório, próxima a Avenida São João, onde morava. Nesse ínterim, viajei a Europa, lá fiquei um mês e alguns dias e em seguida deportado e preso pela polícia Francesa, por não ter visto de entrada com o agravante de prostituição em local público, de volta com algum dinheiro escondido no anus, envolto de preservativos. Chegando, encontrei meu irmão com um aspecto estranho, mais magro do que já era. Decidimos ir morar em Minas Gerais, comprei um sítio próximo a Uberaba na margem mineira do Rio Grande, área fértil e próspera.
Com tudo, continuamos a nos prostituir, desta vez, na estrada adjacente que ligava São Paulo a Minas Gerais. No vai e vem da vida comecei a observar meu irmão que se definhava dia-a-dia, sempre com dor nos intestinos, indo muito ao banheiro. Levei-o ao hospital, consultado, foi diagnosticado AIDS, um mês depois morreu, sepultei seu corpo na primeira cova do cemitério, recém inaugurado. A cena que mais me comoveu foi o momento do sepultamento a cova ficou arroteada de crianças, curiosas ou não, participaram atentamente até a última pá de terra. Depois do acontecido, angustiado, entrei em processo de mudança física e espiritual, mesmo sabendo que não seria fácil um retorno ao mundo dos ditos “normais”, decidi enfrentar a faina que me esperava. Mas, antes de dar o desfecho deste relato, faz-se necessário retornar a uma passagem significativa da minha vida quando estive na Europa.
Não pelo fato óbvio – prostituição – mas, pelo desabrochar definitivo do meu apresso pelas artes visuais. Chegando a Madrid, direcionei-me a penso que trazia escrito seu nome em um pedaço de papel “Habitación Niño” a Rua Calhe Atocha, próximo a Estação do mesmo nome. Estando lá fui levado e advertido que haveria uma vaga, num quarto onde já havia um “rapaz” hospedado. Era Eduardo, fizermos logo amizade e em seguida, percebendo a diferença de comportamento, frente as outras travestis, me convidou para visitar o Museu Reina Sofia de Arte Contemporânea. Mesmo proibido fizemos algumas fotografias no setor de composições luminosas. Eu e um jardim Madrilheño num inverno rigoroso:
A única frustração é que programamos para ir visitar o Museu do Prado e não conseguimos por estar fechado para reparos na fachada. Contentamos-nos em contemplar a fachada, suas diversas esculturas de artistas renomados, num conjunto harmônico entre a fachada em si e o conjunto escultórico em baixo relevo em permanente diálogo com outros em baixo relevo, sinalizando ser a obra de feições Neo-Clássica, traduzido na colunata da frontaria de estilo jônico.
Voltemos, então, a saga da ex-travesti, mesmo desmontada, guarda em si as marcas físicas e psicológicas produzidas intensamente nas noites paulista e carioca. Para partilhar, Arnaldo Jabor com seu altíssimo senso crítico, se reportando a um fato recente, comentou sobre a travesti e suas facetas construtivas. Hoje não sou mais travesti, mas sou ativista pela causa gay e, sobretudo, pela luta dos travestis na inclusão social
Para finalizar, gostaria de dizer que aqui não se esgota o que tenho a relatar, as marcas são profundas e se mesclam com momentos alegres e tristes, sendo este último o mais intenso. No mais, guardarei comigo as idiossincrasias de uma travesti dos anos 80.
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Arte contemporânea
Seguindo a mesma idéia e temático, na busca da materialização plena dos sentidos e/ou aquele olhar corpóreo, que tanto nos inquieta, produzindo sentidos involuntários, solicitando do produto artístico a interferência do tato, pois só o volume visual não basta, é preciso o toque, para que a fruição seja completa. Neste trabalho me vali das técnicas usuais que qualquer artista utiliza, mas fui mais alem, utilizo materiais inusitados como colas de silicone, aguadas de óleo, telas plásticas e tantos outros como experimentações. O quadro 1º “Revoadas de Canários” foi confeccionado com tela plástica e óleo; o 2º “Ejaculação” o fundo com aguada acrílica, depois óleo e cola de silicone e verniz vitral. A arte contemporânea é feita de sentidos para sentidos, de diálogos para diálogos, de toque para toque, em fim, de provocar o provocador.
domingo, 6 de dezembro de 2009
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
sábado, 10 de outubro de 2009
“Imomaterialização ”
Diante da necessidade da construção de um novo olhar contemporâneo, quero dizer, um novo olhar corpóreo. Devassei meu imo na procura incessante das possibilidades idiossincráticas e, de seus rompantes criativos, buscando mesclar o bel-prazer e ao mesmo tempo abstraí, mesmo que dolorosamente as castrações e angustias imposta pelo mundo contemporâneo, exteriorizando sentidos e materializando-os nos diversos meios e suportes, até questionar se é mesmo necessário um suporte material, para concretude de um conceito. Foi pensando assim, que me acorreu a conceituação desta lide “Mulher” intencional de provocar o expectador, e fazê-lo recorrer aos seus sentidos, buscando em seus conceitos o que é ético e o que não é ético, o que é arte e o que não é arte e assim em presença tratar esses temas tão recorrentes na arte contemporânea. Para tanto, é urgente se desvencilhar do visível, porque é no invisível que habita a essência humana. O ato somente contemplativo banaliza a arte, diminuído a capacidade investigativa do observador, tornando-o acrítico, para não dizer alheio aos apelos atuais. A proposta deste trabalho é subsidiar olhares contemporâneos, dizer que há outras maneiras significativos e simbólicas de tratar o mundo, diante de sua complexidade, suas aflições e, sobretudo, da essência do eu abrigado em cada um de nós.
Um Olhar Sobre a Arte Sacra Jaguaribana
Seguindo esta mesma temática, espero que em breve fique pronto o segundo livro, desta vez tratando do “barroco sertanejo” regional, que vai de Russas a Aracati. No percurso empreenderei visitas as cidades irmãs que constam no documento base de minha pesquisa, “Documento Primordial Sobre a Capitania Autônoma do Ceará – Ed.Fac. – Som – Fundação Waldemar Alcântara: Fortaleza, 1997”. O intuito maior, como do primeiro livro é dar minha contribuição a História de Limoeiro do Norte e ao Vale do Jaguaribe pela riqueza e o pioneirismo de Portugueses e Brasileiros que aqui se instalarão e foram fregueses fiéis ao curato da freguesia de N. S do Rosário das Russas de Jaguaribe. Que em desobriga casavam e batizavam seus filhos, muitas vezes, em Capelas distantes de sua morada, sendo partícipe da construção de sua própria História
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